Sábado a noite - Marina e Cadú... Ou Henrique?
junho 07, 2016
Oioi minha gente! Tudo bom com vocês?! Acho que possivelmente é um dos meus primeiros posts do gênero com crônicas sobre fatos do cotidiano. Chega de enrolação! E aí, preparados?! Hoje a história é da Marina e do Cadú, ou seria da Marina e do Henrique... Isso vocês vão ter que descobrir!
Era sábado a noite, estávamos eu e Duda na porta da festa. A musica lá dentro estava alta, mas as paredes pareciam abafar o som, por conta da vizinhança.
Eduarda como sempre, minha fiel parceira de crime, sempre comigo em todas as ocasiões. Dessa vez, era de se esperar que eu estivesse acompanhada exatamente por ela. Depois de dias e mais dias enfurnadas dentro do apê, apenas dando conta dos trabalhos da faculdade, nós duas merecíamos uma folga. Ela achava que eu, mais ainda, necessitava de uma distração.
Segundo ela mesma já havia me dito várias vezes, eu estava uma pessoa irreconhecível. Há pouco mais de um ano desde que terminei com o Cadú, tinha me tornado uma pessoa mais "responsável" e "caseira". Não que eu não tenha me relacionado com ninguém nesse meio tempo, muito pelo contrário, sempre que ela conseguia me arrastar pra alguma festa (o que era bem raro por sinal) eu ficava com um e outro ali mesmo. Mas, sempre acabávamos de volta ao apê enquanto eu não parava de reclamar qualquer bola fora que o cara tivesse dado.
Tive meus episódios traumáticos, como o do Elisandro, o cara nem beijar sabia, foi um horror. Parecia está de volta a adolescência, nossos dentes batiam e nossas bocas não se encaixavam. Até hoje a Duda gargalha sobre o ocorrido, ela diz que o coitado me traumatizou pelo resto da vida, e eu até concordo...
Mas também, a senhorita Eduarda não deixa de falar que apesar de o Carlos Eduardo (ou Cadú), ser seu xará, ele não vale a minha mudança (nas palavras dela, nem um pão com ovo ele valeria). Já tentei várias vezes alertá-la que o 4º período da faculdade não é para qualquer um, eu estava apenas me concentrando, e ainda tinha o estágio e tudo mais. Era o que ela também deveria fazer, mas a Duda... Só quer saber de barganhar.
Conversávamos enquanto algumas pessoas entravam e saíam e a Eduarda, como sempre, me dando lição de moral. Que eu pessoalmente achava que nunca era necessário.
- Caraca, Marina! Será que só tu não percebe! Garota acorda pra vida! Eu sei que tu ainda não esqueceu o Cadú, ta na cara, todo menino que tu pega sempre rola aquela comparação básica. E nem vem com história porquê eu me lembro perfeitamente daquela noite lá no apê quando tu tava bebaça falando sobre a escala do beijo. O Cadú ainda continua no topo... - Ela falava e não parava mais.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa em minha defesa ou pelo menos para fingir que eu tava prestando a miníma atenção no discurso dela, senti algo puxando minha cintura. Achei aquilo bem estranho, deveria ser alguém que esbarrou em mim ou algo parecido mas quando procurei a unica coisa que eu achei foi um cara andando como se nada tivesse acontecido, eu poderia até concluir que só foi um acidente mesmo, e até já estava rindo da situação mas quando vi que ele virou e me olhou com um sorriso sapeca já podia até adivinhar o que estaria por vir.
Olhei para a Duda e ela estava me olhando com uma cara confusa, ao contrário de mim que além de confusa estava com um sorriso divertido nos lábios. Ela ao mesmo tempo balançou a cabeça em negação, provavelmente já imaginando que teria que passar o resto da noite me escutando reclamar de mais um que não considerava tão bom. Mas, tanto para a minha surpresa quanto para a dela, o cara de blusa preta só voltou para onde havia saído e nem se quer foi aonde estávamos.
Apenas deixei para lá e continuei no mundo da lua enquanto ela continuava a falar e falar sobre o Carlos Eduardo, em como ele era um idiota e que estava dando graças a Deus por eu não ter esbarrado com ele naquela festa. Levando em conta que ela já havia avistado vários amigos dele por ali.
Dali há algum tempo ela já havia trocado de assunto, e eu ainda continuava fingindo que prestava atenção, eu tinha ido comprar um a latinha de guaraná para molhar a garganta pois não queria fazer nenhuma possível besteira naquele momento. Mas para a minha surpresa o carinha que esbarrou na minha cintura havia voltado, e com companhia.
- Oi! - Ele falou.
Dei um a olhada no amigo dele, ele estava com uma blusa gola polo vermelha, era mais alto e parecia bem desenrolado.
- Vocês duas estão sozinhas? - O cara de blusa vermelha perguntou. - Quero dizer, veio só vocês duas ou estão acompanhadas?
A Duda, como de costume, logo fez aquela cara de quem comeu e não gostou, mas mesmo assim respondeu. Eu pelo contrário, estava me divertindo com aquela situação e queria ver até onde aquilo tudo iria dar.
Enquanto o cara de blusa vermelha tentava queixar a Eduarda, eu e o cara de blusa preta trocávamos alguns olhares divertidos rindo da situação do amigo dele. A Duda já estava impaciente com a insistência e a todo momento mandava respostas curtas e diretas, mas o cara da blusa vermelha sempre começava com vários assuntos sem pé nem cabeça.
- Bom... - O cara de blusa preta que estava ao meu lado interviu. - Eu acho que a gente vem pra uma festa pra se divertir, e vocês não querem se divertir com a gente, não?
A Duda já achando aquilo um absurdo torceu o nariz e logo falou um belo "NÃO", em alto e bom som. Eu ri ainda mais da situação e o cara da blusa vermelha ainda ficou insistindo.
- O que vocês são? - O cara da blusa preta perguntou.
- Colegas de apê. - Respondi ainda com um sorriso no canto da boca.
- Tu não vai querer se divertir com ele? - O cara da blusa preta agora perguntava a Duda.
- Não, eu namoro, já disse! - Eu estava me segurando para não rir da bela mentirosa que ela estava sendo.
- Mas e tu, não vai querer se divertir nessa festa comigo, não? - Ele se referia a mim.
- Eu não sei de nada. - Dei aquele resposta com um olhar sacana.
- Tu deixa ela se divertir comigo? - Perguntou a Duda?
- Eu sou só amiga dela, a boca é dela, se ela quiser ela vai! - Curta e grossa, típico da senhorita Eduarda.
Nesse momento o carinha da blusa preta me puxou pela cintura, dessa vez colando nossos corpos um no outro. Parei face a face com o seu rosto, e até que ele não era de se jogar fora. Realmente não sei o que deu em mim, mas no impulso eu já tinha o beijado.
- Eita Marina, vai com calma que ele não é o ultimo cara da Terra! - Pude escutar a Duda falar, mas nem liguei, aquele beijo me saindo melhor do que eu imaginava.
De repente, estávamos completamente em sintonia. Aquilo nunca havia acontecido, ainda mais numa festa como aquela, eu estava nas nuvens, podia ver fogos de artifícios. Passei minha mão por sua nuca, intensificando ainda mais o beijo. Podia escutar as pessoas que passavam gritando e falando coisas sobre nós, mas eu não estava nem me importando, só queria que aquele beijo não terminasse nunca mais.
O amigo dele depois de vários foras que havia levado da Duda nos apressava, mas toda vez que íamos nos separar, nossas bocas eram atraídas novamente e depositávamos leves beijos sob os lábios um do outro até não nos lembrarmos mais de nada e intensificarmos novamente.
Após tantas tentativas falhas de nos separar com alertas o amigo dele o puxou pelo braço quebrando fortemente a ligação de nossos corpos, ele por outro lado voltou a mão para minha nuca, enquanto acariciava levemente com o dedão a minha bochecha.
- Qual é o teu nome? - Ele perguntava com a respiração ofegante.
- Marina. - Respondi com o olhar meio tímido.
- Henrique.
Ele novamente depositou um ultimo beijo calmo e leve em meus lábios e assim seu amigo o puxou, levando ele para o meio da multidão, me fazendo perdê-lo de vista.
Henrique... Nunca iria me esquecer daquele nome. Ele sim, por um acaso, conseguiu superar todos da escala do beijo. Quem era Cadú, mesmo? Naquela hora eu só conseguiria pensar naquele beijo maravilhoso que me fez esquecer de tudo, até mesmo de que a Duda estava lá.
- Parece que amanhã o senhor Carlos Eduardo ficará sabendo da notícia que a senhorita Marina jogou a história deles dessa para melhor! - A Duda parecia está se divertindo, então apontou para trás de mim.
Assim que me virei vi que a rodinha de amigos dele estava nos encarando, parece que agora ele finalmente se tocaria que eu não vivia em função dele. Revirei os olhos e baguncei o cabelo da Eduarda, puxei ela para dentro da festa e dançamos pelo resto da noite.
Até hoje nunca me esqueci, mas o que mais me surpreendeu foi o efeito que o tal Henrique me causou. Nunca mais o vi, e depois de uns dias resolvi que também não o procuraria. Preferia eternizar as lembranças de uma noite perfeita com momentos mágicos do que acabar me deparando com alguém que tinha uma vida muito além daquela festa, por isso, nem me permitir idealizar um futuro ou ao menos como seria a vida dele.
A sensação maravilhosa de frio na barriga ao pensar em sua boca é a que fica. E quando eu quero me distrair é exatamente para aquele momento que viajo, me trazendo sensações tão boas e efeitos tão inesperados.
9 comentários
Adooooooooooooorei a história! Seu blog é um amorzinho *-* ameei rsrsrs
ResponderExcluirBeijãoooo ;*
Obrigaada <3 Volte sempre!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirTudo bem?
Que blog mais fofinho!
Sua crônica me fez lembrar da minha adolescência! Aii que saudades! <3
Beijo!
Genteeeee, que isso! Encontrei o Henrique da minha vida. hahahaha
ResponderExcluirContinua com as crônicas, eu simplesmente amei!
Minha reação e a mesma da menina de cima ... Que saudade da minha adolescência (falou a velha kkk).
ResponderExcluirAdorei. Faça mais posts assim.
Beijo
www.raaymilhomem.com
Ju, amei a história ♡ ficou muito boa, super bem escrita! Amei! Quero mais!
ResponderExcluirGostei muito do conto, pois me fez me lembrar a adolescência, época de festinhas, inseguranças e paqueras. Achei muito bem escrito.
ResponderExcluir♥
ResponderExcluirQue lindeza ♥♥
eu amei a crônica, você escreve muito bem :)
Continue escrevendo por favor rsrsrsrsrsrs....
também amei seu blog ♥
ótima quarta
bjo
Tati C.
Bacana a história! Gostei, me diverti bastante lendo ela haha
ResponderExcluirQuem sabe um dia isso não vira um romance, com um final diferente?
Quem sabe o Henrique volta! haha beijos